quinta-feira, 5 de março de 2009

Filho do Dragão.

Pavilhão do Dragão poderá receber eventos a partir de Maio

Obra supreendente, pela qualidade e pelo aproveitamento do espaço, o pavilhão do Dragão está quase pronto. Se forem cumpridos os prazos previstos, já poderá receber eventos desportivos a partir de Maio.
O dia 23 de Abril mantém-se como a data da conclusão da construção do pavilhão do Dragão, uma estrutura concebida para receber as principais modalidades do F. C. Porto - basquetebol, andebol e hóquei em patins -, mas também para proporcionar outro tipo de actividades, como, por exemplo, concertos de música e outros eventos de âmbito cutural.
"Esta é uma estrutura voltada para o futuro, para ser usada, pelo menos, nos próximos 50 anos", explica Eduardo Valente, director da PortoEstádio.
Esta ideia pressupõe um crescimento das modalidades do F. C. Porto. Com uma casa nova e tão versátil, será normal a criação de novas actividades. Embora sejam assuntos ainda do segredo dos deuses, espera-se que os dragões regressem ao voleibol e venham a estrear-se no futsal. Na visita guiada que o JN fez ao novíssimo pavilhão, Eduardo Valente e Luís Silva, responsáveis da PortoEstádio, deram conta de variadíssimos pormenores de uma estrutura suigeneris, primeiro erguida em altura - sobre pilares de dez metros -, depois "alinhada" pelo Estádio do Dragão e finalmente autonomizada num espaço próprio.
Quem julga tratar-se de um pavilhão pequeno, surpreende-se mal transpõe a zona de entrada do público, situada mesmo à saída da estação do Metro.
O aspecto mais curioso da primeira abordagem dentro do pavilhão é o visitante sentir-se como se estivesse no próprio Estádio do Dragão. Aliás, o arquitecto Manuel Salgado, autor do projecto do estádio, concebeu o pavilhão como uma continuidade do recinto principal dos portistas. As duas estruturas vão estar permanentemente ligadas, através de um corredor de serviço. O pavilhão recebe o sistema de aquecimento, de água e de electricidade do estádio. "Em termos de gestão técnica, o pavilhão será um apêndice do estádio", revela Luís Silva.
A gestão do espaço em torno da plataforma que serve de base do pavilhão permitiu a construção de três bancadas. Nelas estão a ser colocadas exactamente 2007 cadeiras, a capacidade do recinto em termos de espectadores. "Julgamos ser um número suficiente, se olharmos ao que hoje em dia se passa em termos de modalidades de pavilhão", considera Eduardo Valente.
Ao nível do espaço onde se desenrolarão os jogos, o pavilhão apresenta o que de mais moderno há. O piso é flutuante, aplicado em três camadas de madeiras canadianas.
A grande novidade técnica é o sistema de elevação das tabelas de hóquei em patins, inspirado no modelo do Palau Blaugrana - Pavilhão do Barcelona - e desenvolvido pela equipa técnica da PortoEstádio.
In JN
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Além do aspecto desportivo gostaria de realçar o facto de o pavilhão estar preparado para espectáculos culturais. Numa altura em que a cidade do Porto - pelo menos é o que tenho lido - tem sentido especialmente o efeito da crise nessa área, será uma boa notícia a disponibilização de um novo espaço para a cidade. Porque a vida não é só futebol e porque o FCPorto tem que continuar a ser um "ponta-de-lança" na luta contra o centralismo lisboeta.

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