sábado, 18 de setembro de 2010

De Fernando Couto a Bruno Alves.

Estávamos em meados da década de 90, no rescaldo dos mundiais de juniores de 89 e 91, quando a chamada geração de ouro começou a ser exportada. Se bem me lembro, os primeiros a sair foram Rui Costa, Paulo Sousa e Fernando Couto, para a Fiorentina, Juventus e Parma, respectivamente. Destes, obviamente, o que foi mais "sentido" foi Fernando Couto que iria reencontrar Vítor Baía em Barcelona, tal como Figo. Foram estes jogadores, fundamentalmente, que inauguraram a razia dos talentos portugueses no campeonato português. Razia essa agravada dois ou três anos mais tarde com o acórdão Bosman. Mas onde eu queria chegar, era ao "sentimento" de perda de Bruno Alves, em contraponto a Fernando Couto. Ambos se impuseram pela sua postura agressiva, mas leal. Pela entrega ao jogo e ao clube. Mas na hora da saída, encontramos diferenças. Talvez porque os tempos são outros, Bruno Alves não se coibiu de demonstrar a sua vontade de sair pelo menos neste último ano, comprometendo muitas vezes a equipa. Talvez por isso quando via Lula ou Gaspar no centro da defesa sonhava com o regresso de Fernando Couto. Agora que vejo Maicon a revelar-se e Rolando a confirmar-se só consigo sentir um forte alívio por não ter que ouvir novamente Washington na TSF ou na Antena 1.

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